quarta-feira, 29 de outubro de 2025

I Mostra Erê de Práticas Antirracistas 2025


 O Coletivo Erê, no âmbito das ações do Novembro Negro, promove a Mostra Erê de Práticas Antirracistas, um espaço formativo, expositivo e de reconhecimento de projetos desenvolvidos em escolas da rede pública e privada. O evento tem como foco debater uma educação decolonial, focado em praticas antirracistas na sociedade, e dar visibilidade às ações pedagógicas e culturais voltadas à promoção da igualdade racial e ao cumprimento das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que instituem a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira, africana e dos povos indígenas nos currículos escolares.

A amostra fará parte do Simpósio cujo tema é: Práticas Antirracistas na Sociedade na Perspectiva Decolonial, o qual será um espaço de diálogo, escuta e construção coletiva de saberes, reunindo pesquisadores, educadores, estudantes, movimentos sociais e gestores públicos comprometidos com a transformação social. A proposta é problematizar as estruturas coloniais que sustentam o racismo e propor práticas antirracistas em diferentes esferas, educacional, cultural, institucional e comunitária a partir de uma visão crítica e emancipatória.

INSCRIÇÃO:  https://forms.gle/GKBkpuwmwrvz7ZNq5 

Equipe: até dez (10) expositores, incluindo um professor orientador.

·       Período: 19 de outubro a 15 de novembro de 2025

·       Formato: Online, mediante preenchimento de formulário do Google Forms.

· Dados necessários: identificação dos expositores, título e resumo do projeto, termo de consentimento de imagem assinado.

OBJETIVOS

GERAL

·       Promover a socialização e o reconhecimento de práticas pedagógicas voltadas à promoção da educação antirracista e à operacionalização das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

ESPECÍFICOS

·       Dar visibilidade às ações antirracistas desenvolvidas nas escolas;

·       Fomentar o diálogo entre estudantes, professores e comunidade escolar;

·       Reconhecer e premiar experiências que se destacam pela inovação e compromisso com a luta antirracista;

·       Estimular a continuidade e ampliação das práticas de educação das relações étnico-raciais.

 

PÚBLICO-ALVO

Estudantes e professores orientadores da Educação Básica: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Técnica e Educação de Jovens e Adultos (EJA), do municipio de Campo Formoso-BA.

 

FORMATO DE EXPOSIÇÃO

Os trabalhos poderão ser apresentados em banner ou em outros formatos definidos pelos grupos, a fim de valorizar diferentes linguagens e formas de expressão. A autonomia criativa será incentivada, reconhecendo que há múltiplas formas de legitimar e apresentar saberes.

 

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

·       Aderência à temática étnico-racial e/ou indígena;

·       Promoção de práticas antirracistas e de valorização das identidades;

·       Clareza, originalidade e relevância da proposta;

·       Potencial formativo e de impacto na comunidade escolar.


quarta-feira, 26 de março de 2025

Debate sobre vida e obra de Carolina Maria de Jesusus com Mulheres Quilombolas

 

No dia 02 de Abril de 2025, realizamos uma roda de leitura com lideranças femininas da comunidade quilombola de Patos I e região. À convite da Secretaria de Promoção de Igualdade, na pessoa de Raira Ribeiro, compartilhamos experiências e atravessamentos de raça e gênero, mediadas pela literatura e pela ancestralidade de Carolina Maria de Jesus. A ação faz parte de um projeto desenvolvido pela professora Maynara Costa, com suas alunas da EJA, o qual tem por objetivo compreender como Literaturas decoloniais/escreviventes atuam na ressignificação de narrativas quilombolas. A comunidade também recebeu a visita de duas estudantes do IFBA - Campus de Campo Formoso - , atuando como mediadoras literárias do clube de leitura itinerante, projeto de extensão também desenvolvido por Maynara, docente de Língua Portuguesa da instituição.  Vivenciamos uma tarde enriquecida com narrativas de mulheres que se conectam por suas semelhantes histórias de luta, resistência e protagonismo e, ao mesmo tempo, se potencializam por suas singularidades. Reconhecendo a falta de conhecimento sobre literaturas negras, nos espaços educacionais formais e informais, sobretudo, em espaços educacionais quilombolas, esse trabalho nos convoca a pensar sobre o (não) lugar desse tipo de experiência literária nesses territórios, oferecendo condições para a produção de subjetividades que se constituem a partir das tensões e cruzamentos entre raça, gênero, classe, deficiências, relações de poder, entre outras condições sociais.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Debate sobre Cultura Quilombola e Educação em Bebedouro


 

Em visita a comunidade de Bebedouro, na Região de Pacuí, membros do Coletivo Erê participaram de um amplo debate sobre a importância da Educação como elemento transformador mas também como fator de preservação da Cultura local.

 Foi pautado que a educação tem um papel fundamental na preservação da cultura quilombola, funcionando como uma ponte entre o passado, o presente e o futuro das comunidades. Ela não apenas transmite conhecimentos formais, mas também ajuda a valorizar e fortalecer as identidades culturais, linguísticas e históricas desses povos.

Aqui estão alguns pontos que destacam essa importância:

🌱 1. Valorização da identidade e da ancestralidade

A educação quilombola, quando feita de forma contextualizada e respeitosa, reforça o orgulho de pertencer à comunidade, resgatando memórias históricas e saberes tradicionais. Isso fortalece a autoestima dos jovens e o sentimento de pertencimento ao seu território e à sua cultura.

📚 2. Transmissão de saberes tradicionais

Muitos conhecimentos são passados oralmente — como práticas agrícolas, culinária, música, dança, medicina natural, espiritualidade, e modos de viver comunitários. A escola quilombola pode incluir esses saberes no currículo, ajudando a mantê-los vivos e valorizados, em vez de marginalizados ou esquecidos.

🤝 3. Combate ao racismo e à invisibilidade

A presença de uma educação quilombola específica é uma forma de resistência contra o apagamento histórico sofrido por essas comunidades. Ela ajuda a combater o racismo estrutural, promovendo o respeito à diversidade e desconstruindo estigmas por meio do conhecimento.

🌍 4. Proteção do território e dos direitos

A educação também capacita os quilombolas para lutarem por seus direitos, como a demarcação de terras, acesso a políticas públicas e preservação ambiental. Saber a história da luta quilombola e entender a legislação são passos fundamentais para garantir a autonomia e a sobrevivência dessas comunidades.

🏫 5. Escola como espaço de cultura

Nas comunidades quilombolas, a escola pode e deve ser um espaço de celebração cultural. Festas, rodas de conversa, oficinas de capoeira, artesanato e contação de histórias são exemplos de práticas pedagógicas que reforçam a vivência cultural no cotidiano escolar.